Executivos se reúnem para discutir as novas oportunidades do setor e publicidade sustentável no futuro

A Teads, inventora do vídeo outstream e viewable marketplace #1 no mundo, reuniu grandes lideranças do mercado publicitário brasileiro na segunda edição do evento Teads Talks, que aconteceu no último dia 7 no Fasano Boa Vista. Os convidados tiveram a oportunidade de interagir em um painel com executivos da Johnson&Johnson, McDonald’s, Walmart e Visa e conversar sobre inovação, publicidade sustentável e o que esperar do futuro.

O Diretor Executivo da Teads no Brasil, Fabrício Proti aproveitou o seu discurso de abertura para traçar um comparativo com o encontro do ano passado. Para ele, mais do que discutir uma área específica do mercado, é necessário tratar a inovação como um motor do setor, tendo em vista as novas demandas do mercado.

“O consumidor está mudando rapidamente e tem cada vez mais consciência do poder da publicidade. Nesse cenário, empresas robustas e tradicionais têm dificuldade de acompanhar as necessidades específicas dos seus clientes, permitindo assim o surgimento das empresas inovadoras”, explicou o executivo. Foi desse gap que a Teads nasceu, afirmou ele, traçando um panorama com a empresa que conecta publishers, anunciantes, agências e profissionais de marketing.

Não basta inovação sem qualidade

Presença internacional no evento, o Chief Strategy Officer da Teads, Todd Tran, apresentou um paralelo entre qualidade e inovação. Apesar das novidades serem um atrativo para o consumidor e até mesmo para o mercado, qualidade é o que, segundo ele, leva as empresas ao sucesso.

Para reforçar esse ponto, Todd comentou que ainda há uma alta taxa de fraude em ambientes digitais – uma porcentagem que pode chegar a 15%. Confiança é um termo delicado para o mercado atualmente, sobretudo depois da reorganização para atender ao GDPR. Como consequência, o executivo aponta a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial como tendências do mercado de publicidade. Um exemplo disso, explica Todd, é o investimento em publicidade digital ter ultrapassado a televisão tradicional no ano passado nos Estados Unidos. Para ele, a união entre os dois formatos também é tendência.

A personalização do marketing no Teads Studio

Seguindo o foco em qualidade versus inovação levantado por Todd, o Head do Teads Studio para América Latina, Bertrand Cocallemen, reforçou a necessidade de entender o público e as suas demandas. “Tecnologia por tecnologia não conecta nada, o insight da publicidade ainda é humano. Por isso, a personalização é o futuro já que entende que cada usuário é único e cada um precisa de uma propaganda diferente”, explica.

“Nesse sentido, a missão do Teads Studio é reinventar a publicidade e dar ao criativo a possibilidade de testar o conteúdo no cenário em que ele vai aparecer”, completa. O Teads Studio é uma plataforma que permite marcas, agências e publishers enriquecerem seus vídeos com elementos interativos, otimizando o conteúdo de acordo com os objetivos das campanhas. Com a ferramenta, é possível personalizar a publicidade em tempo real, agilizando o processo de criação e entrega de anúncios dinâmicos em escala para os clientes.

Disrupção como o motor do futuro do marketing

Guga Stocco, CEO da MoneyEX e co-fundador da Domo, foi o palestrante convidado e focou o seu speech na velocidade da mudança do comportamento do consumidor. “Antes, as mudanças geracionais demoravam 30 anos para acontecer, hoje a diferença de uma geração para outra é de sete anos. Como o mercado pode correr atrás de uma realidade tão distante?”, indaga.

O executivo defende que o mundo atual é complexo – tendo em vista a volatilidade das regras e normas tradicionais. Para ele, que chefia uma empresa considerada inovadora, o maior desafio é seguir no mesmo caminho e, ainda assim, construir algo novo. “Inovar é basicamente unir tecnologias para resolver problemas e demandas”, conclui.

Tomadores de decisão discutem desafios do mercado

Para fechar o evento, os principais nomes do mercado de marketing digital se reuniram em um painel para discutir os desafios de inovar em empresas tradicionais. Para Taciana Lopes, Diretora de Marketing da ‎Visa, a desmaterialização da empresa teve que começar internamente. “Não éramos mais uma empresa de cartão plástico, mas sim uma facilitadora de pagamentos. Por isso, tivemos que primeiramente parar de nos posicionarmos como uma empresa de cartões”, conta.

O CEO da divisão de consumos da Johnson&Johnson, André Mendes, conta que a empresa, uma das mais tradicionais do ramo, investe em tecnologia para gestão de saúde – uma demanda do mercado que pede agilidade e assertividade. “O nosso foco hoje não é o medicamento, mas sim a maneira como o consumidor se sente depois de consumir o nosso produto”, explica.

Paulo Silva, fundador da RockOn Advisors, contou um pouco sobre a sua experiência como CEO do Walmart.com. Para tornar o e-commerce um shopping digital, o executivo revelou que foram necessárias diversas reuniões e conversas internas para que essa mudança ocorresse. “Para que tudo desse certo, focamos os nossos esforços em dados e em entender os hábitos de consumo dos nossos consumidores. Isso foi a melhor coisa que oferecemos aos nossos parceiros”, conta.

Personalização e hábitos de consumo também são pontos relevantes da inovação do McDonald’s, segundo Roberto Gnypek, Vice-Presidente de Marketing da rede. “A nossa missão é servir as pessoas. Por isso, a cultura digital da personalização virou o nosso core product e o nosso consumidor se tornou empoderado”, pontua.